Darcy Ribeiro

Item

Nome Completo

Darcy Ribeiro

Sobrenome

RIBEIRO

Nome

Darcy

Profissão

Antropólogo

Áreas do Conhecimento

Ciências Sociais Aplicadas

Publicações e Obras

Ribeiro, Darcy. Kadiwéu – ensaios etnológicos sobre o saber, o azar e a beleza. Rio de Janeiro: CNPI, 1950.

____________. Culturas e línguas indígenas do Brasil. Rio de Janeiro: Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, 1957 (OCoLC)613106831.

Ribeiro, Darcy; Ribeiro, Berta G. Arte plumária dos índios Kaapor. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1957. p. 40.

Ribeiro, Darcy. Plano orientador da Universidade de Brasília. Brasília: Universidade de Brasília, 1962.

____________. A Política Indigenista Brasileira. Rio de. Janeiro: Ministério da Agricultura, 1962. p.62.

____________. O processo civilizatório – etapas da evolução sócio-cultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1968. p. 320. ISBN: 9788571646575.

____________. A universidade necessária. São Paulo: Paz e Terra, 1969.

____________. As Américas e a civilização – Processo de formação e causas do desenvolvimento cultural desigual dos povos americanos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1970.

____________. Configurações histórico-culturais dos Povos Americanos Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1970.

____________. Propuestas – acerca de la renovación. Caracas: UCV, 1970.

____________. Os Índios e a Civilização: a integração das populações indígenas no Brasil moderno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1970.

____________. Université des Sciences Humaines d'Alger. Algers: Mimeo, 1972.

____________. Os brasileiros – teoria do Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 1972.

____________. Teoria do Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1972.

____________. Uirá sai à procura de Deus. São Paulo: Paz e Terra, 1974.

____________. La universidad peruana. Lima: Del Centro, 1974.

____________. Configurações Histórico-Culturais dos Povos Americanos. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 1975.

____________. UnB – invenção e descaminho. Rio de Janeiro: Avenir, 1978.

____________. O dilema da América Latina – estruturas do poder e forças insurgentes. Petrópolis: Vozes,1978.

____________. Sobre o óbvio - ensaios insólitos. Petrópolis: Vozes,1979.

____________. O Dilema da América Latina: estruturas de poder e forças insurgentes. Petrópolis: Vozes, 1979a.

____________. O mulo. Rio de Janeiro: Record, 1981.

____________. Utopia Selvagem: saudades da Inocência Perdida – uma fábula. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

____________. Maíra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983.

____________. As Américas e a civilização: processo de formação e causa de desenvolvimento desigual dos povos americanos. Petrópolis: Vozes, 1983.

____________. Nossa escola é uma calamidade. Rio de Janeiro: Salamandra, 1984.

____________. Aos trancos e barrancos – como o Brasil deu no que deu. Rio de Janeiro: Guanabara, 1985.

____________. América Latina: a pátria grande. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.

Ribeiro, Darcy (editor); Ribeiro, Berta G. (coord.); et. al. Suma Etnológica Brasileira. Petrópolis: Vozes, Finep, 1986. Vol. 1: Etnobiologia, Edição atualizada do Handbook of South American Indians.

Ribeiro, Darcy. Migo. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.

____________. Testemunho. São Paulo: Siciliano, 1990.

____________. Os Brasileiros: Teoria do Brasil. Petrópolis: Vozes, 1991.

____________. Universidade do terceiro milênio – plano orientador da Universidade Estadual do Norte Fluminense. Rio de Janeiro: Revista Universidade de Terceiro Milênio, vol. 1, n. 1, 1993.

____________. O Brasil como problema. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995.

____________. Noções das Coisas, Ed. FTD, 1995.

____________. O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 480. ISBN: 9788571644519.

____________. Diários Índios: os Urubu-Kaapor 56 São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

____________. Confissões. São Paulo: Companhia das Letras. 1997a.

____________. Mestiço é que é bom. Rio de Janeiro: Revan, 1997b.

____________. O Processo Civilizatório: etapas da evolução sócio cultural. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

____________. Somos todos culpados: pequeno livro de frases e pensamentos de Darcy

Ribeiro / seleção e organização de Eric Nepomuceno. – Rio de Janeiro: Record, 2001.

Referências

MAIA, Otávio Borges. Vox: arte, cultura e ciência no Brasil / Otávio Borges Maia, ilustrado por Kleber Soares de Sales - Brasília: Ibict, 2017. 132 p. ISBN: 978-85-7013-129-4 e eISBN: 978-85-7013-130-0
Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001
SOUSA, Carlos Alberto Borges de. Literatura, Antropologia e educação: desejos e utopias de Darcy Ribeiro. 2014. 128 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Letras e Ciências Humanas) - Universidade do Grande Rio, Duque de Caxias.

Mais Informações

Foto Principal

Local de Nascimento

Nascimento

October 26, 1922

Falecimento

February 17, 1997

Frase

“Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando e lutando, como um cruzado, pelas causas que me comovem. Elas são muitas, demais: a salvação dos índios, a escolarização das crianças, a reforma agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária. Na verdade, somei mais fracassos que vitórias em minhas lutas, mas isto não importa. Horrível seria ter ficado ao lado dos que nos venceram nessas batalhas.”

Breve Resumo

Conhecido como escritor, antropólogo e político brasileiro. Darcy Ribeiro foi um dos mais importantes intelectuais brasileiros, destacou-se por seu trabalho em defesa da causa indígena.

Biografia

Darcy Ribeiro nasceu em Montes Claros, Minas Gerais, no dia 26 de outubro de 1922, filho de Reginaldo Ribeiro dos Santos e de Josefina Augusta da Silveira Ribeiro. Aos três anos de idade, seu pai faleceu, o que fez Darcy e sua mãe irem morar com os avós. Sob a influência de seu tio, médico, em 1939, ingressou na Faculdade de Medicina em Belo Horizonte. Entretanto, sem vocação para a carreira médica, abandonou a faculdade em 1943 e ingressou na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, graduando-se em 1946.

Entre 1946 e 1956, Darcy Ribeiro passou a dedicar os primeiros anos de vida profissional ao estudo dos índios de várias tribos do país. Neste período, ingressou no Serviço de Proteção ao Índio (SPI), travando contato com o marechal Cândido Mariano Rondon, presidente do Conselho Nacional de Proteção ao Índio. Nos anos seguintes, seus estudos etnológicos levaram-no a viver longos períodos entre comunidades indígenas. Por sua iniciativa foi inaugurado em 1953, no Rio de Janeiro, o Museu do Índio. Outro importante momento de seu trabalho no SPI, foi a formulação de um projeto para a criação do Parque Indígena do Xingu, que viria a ser implantado anos mais tarde sob a direção dos indianistas Orlando e Cláudio Villas Bôas.

De 1948 até 1974, foi casado com Berta Gleizer Ribeiro, antropóloga e etnóloga, ela contribuiu nos estudos de campo de aldeias indígenas do Mato Grosso no período em que Darcy Ribeiro trabalhou para o SPI.

A partir de 1955, voltou-se para as questões educacionais e institucionais de universidades no país, em conjunto com Anísio Teixeira. Entre 1957 e 1961, Darcy foi diretor de Estudos Sociais do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (MEC). Nesse período, participou das discussões sobre a criação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1961, e também da construção da Universidade de Brasília, e em sua inauguração, foi nomeado o primeiro reitor da universidade. Em 1962, assumiu o Ministério da Educação e Cultura.

Em janeiro de 1963, por ocasião do retorno do país ao regime presidencialista, deixou o Ministério da Educação para assumir a chefia do Gabinete Civil da Presidência da República. Contudo, em 1964, o agravamento da crise político-institucional culminou com a deflagração do movimento político-militar que depôs o presidente Goulart em abril. Nessa ocasião, Darcy foi um dos poucos membros do governo a tentar organizar uma resistência em defesa do regime democrático. Foi destituído de seus direitos políticos pelo Ato Institucional nº 1 (AI-1) e demitido dos cargos de professor da Universidade do Brasil e de etnólogo do SPI. Por isso, Darcy teve então de deixar o país e se exilar no Uruguai.

Entre 1964 e 1968, Darcy e a esposa começaram a trabalhar na escrita e na primeira edição da coletânea de obras e estudos chamada Antropologia da Civilização, constituída por cinco volumes. São eles: O processo Civilizatório, As Américas e a Civilização, O Dilema da América Latina e Os Brasileiros, que se subdivide em Teoria do Brasil e Os Índios e a Civilização. Nesse período, Darcy também lecionou Antropologia na Universidade Oriental do Uruguai.

Em 1968, os processos que lhe eram movidos no Brasil pelo novo regime foram anulados pelo Supremo Tribunal Federal, o que lhe possibilitou retornar ao país em outubro. Nessa época, acirrava-se o clima de polarização política entre o governo e a oposição, o que culminou com a edição do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em 13 de dezembro. Logo em seguida, Darcy foi preso e indiciado sob a acusação de infringir a Lei de Segurança Nacional. Permaneceu detido em unidade da Marinha até setembro de 1969, quando foi finalmente julgado e absolvido pela Auditoria da Marinha do Rio de Janeiro. Entretanto, seus problemas políticos e institucionais permaneceram, ele deixou o país por diversas vezes, se fixou em Caracas (Venezuela) e, posteriormente, transferiu-se para o Peru. Retornou definitivamente ao Brasil em 1976.

Em 1979, no mesmo ano em que recebeu anistia, foi reintegrado ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde assumiu o cargo de diretor-adjunto do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Em novembro seguinte, filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em 1982, se lançou como vice-governador do Rio de Janeiro pelo mesmo partido liderado por Brizola, e venceu as eleições. Nesse período, atuou principalmente na área da ciência, da educação e da cultura, em que acumulou o cargo de Secretário de Estado da Cultura, além de coordenar o Programa Especial de Educação, cuja principal meta era a implantação dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs). Os CIEPS eram escolas de tempo integral, em que os estudantes teriam atividades escolares regulares, além de reforço escolar, educação física, iniciação esportiva, projetos culturais, tais como: aulas de música, pintura e teatro.

Enquanto secretário de cultura, Darcy criou o Sambódromo do Rio de Janeiro, mais conhecido como Sambódromo da Marquês de Sapucaí, originalmente nomeado Passarela Professor Darcy Ribeiro. Embaixo das arquibancadas do sambódromo, funcionou durante muito tempo um CIEP (Centros Integrados de Educação Pública). A ideia era fazer uma construção colossal, como o sambódromo, para que fosse utilizada não somente durante o Carnaval, mas também durante o ano todo. Darcy Ribeiro, enquanto educador e visionário, acreditava que a solução para o futuro do país estava na educação pública de qualidade. Em 1982, durante a campanha de Brizola para o governo do Rio de Janeiro, Darcy Ribeiro proferiu a seguinte frase, considerada uma espécie de profecia, que se confirmou em nosso país: “Se os governantes não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios.”.

Em maio de 1987, convidado pelo governador Newton Cardoso, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Darcy Ribeiro assumiu a secretaria extraordinária de Desenvolvimento Social de Minas Gerais, abandonando o cargo em setembro deste mesmo ano.

Em outubro de 1990, eleito senador pelo estado do Rio de Janeiro na legenda do PDT, continuou sua atuação em defesa da cultura e da educação. Darcy tomou posse no Senado em fevereiro do ano seguinte, para aquele que seria o único mandato legislativo de toda a sua trajetória política.

Em setembro de 1991, licenciou-se de seu mandato no Senado para assumir a secretaria estadual de Projetos Especiais de Educação do governo fluminense. Em 1992, de volta ao Senado, concentrou sua atividade na elaboração da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). No mesmo ano, em outubro, foi eleito para ocupar a cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras (ABL), cuja posse se deu em 15 de abril de 1993, pelas mãos do acadêmico Cândido Mendes de Almeida.

Em 1994, Leonel Brizola lançou-se candidato à Presidência da República e Darcy Ribeiro a vice-presidente Porém, quem venceu foi Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Neste mesmo ano, Darcy foi internado em estado grave de câncer e após um mês de permanência no hospital, desrespeitando a ordem médica, fugiu para terminar sua obra: O povo brasileiro, que versa sobre a formação antropológica do Brasil, último livro lançado por Darcy, em 1995, no qual trabalhou por 30 anos e que foi considerado um dos mais amplos, destacados e complexos da autoria dele.

Durante o ano de 1996, manteve uma coluna semanal no jornal Folha de São Paulo e recebeu inúmeras homenagens. Manteve em toda a sua trajetória o gosto pela polêmica e pelo combate político. Em 17 de fevereiro de 1997, o antropólogo morreu na cidade de Brasília, em decorrência de complicações causadas por um câncer.

Darcy Ribeiro foi sobretudo um pensador brasileiro dedicado a pensar o Brasil, cuja trajetória intelectual, contempla também a construção de um pensamento autônomo e relevante concernente aos conhecimentos dos países dominantes.

Devido ao grande engajamento político, teve a vida, a obra e a história refletidas no pensamento social, nas pesquisas antropológicas e nas disputas políticas do povo brasileiro .

Prêmios e condecorações

1987 – Foi homenageado pelo Sambódromo do Rio de Janeiro, que atribuiu oficialmente o nome de "Passarela Professor Darcy Ribeiro".

1992 - Foi eleito para a cadeira n.º 11, da Academia Brasileira de Letras.

1995 - Recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UnB, no Teatro de Arena.

1995 – Foi homenageado pela Universidade de Brasília, que atribuiu o seu nome ao principal Campus, Campus Darcy Ribeiro.

1996 – Foi agraciado com o Prêmio Anísio Teixeira.

1996 – Foi homenageado com o seu nome na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o presidente Fernando Henrique Cardoso que, em homenagem ao senador fluminense, batizou-a de Lei Darcy Ribeiro.

1997 - Foi homenageado pela Universidade Estadual do Norte Fluminense, a instituição incorporou o nome do seu fundador, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro.

1998 - Foi instituído Prêmio Darcy Ribeiro de Educação, que consiste na concessão de diploma de menção honrosa e outorga de medalha com a efígie do homenageado a três pessoas e/ou entidades, cujos trabalhos ou ações mereceram especial destaque na defesa e promoção da Educação no Brasil.

2001 - O edifício sede da Controladoria-Geral da União em Brasília, chama-se oficialmente Edifício Darcy Ribeiro.

2005 - Foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural.

2009 – Foi homenageado pela Usina de Biodiesel da Petrobrás Biocombustível, em Montes Claros, chamando-se Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro.

2020 – Foi homenageado no carnaval Carioca 2020 pela escola de samba Império da Uva, Darcy Ribeiro foi o enredo desta escola de samba.

Um dos espaços culturais do Memorial da América Latina chama-se "Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro".

É o patrono da Cadeira 28 do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros.

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Date Issued

August 19, 2021

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