Parasitos em hortaliças folhosas vendidas em supermercados e feiras livres Taguatinga - DF
Item
Título para divulgação do texto
Parasitos em hortaliças folhosas vendidas em supermercados e feiras livres Taguatinga - DF
Título original da pesquisa
Parasitological analysis of vegetables sold in supermarkets and free markets in the city of Taguatinga, Federal District, Brazil
Imagem de capa
Autor do texto de divulgação
Revisão de texto
Autores do texto original
Fonte(s) Financiadora(s)
Resumo
As doenças parasitárias são bastante comuns e podem acarretar sérios impactos à saúde das pessoas, especialmente àquelas que habitam regiões consideradas pobres. Os pesquisadores buscaram, com este estudo, avaliar a contaminação de hortaliças comercializadas em supermercados e feiras de produtores rurais de Taguatinga - DF.
Tipo
Artigo de periódico
O que é a pesquisa?
No campo científico da Parasitologia (especialidade da biologia que estuda os parasitas), é conhecida a relação entre parasitas que recorrem aos hospedeiros para se alimentarem. Essa relação pode gerar doenças cujo nível de risco e de prejuízo dependerá, principalmente, do tipo de parasita e de seu ciclo de vida. As doenças parasitárias são bastante comuns e, atualmente, elas afetam quase metade da população do planeta. Embora, na maioria dos casos, a gravidade não seja extrema, elas podem acarretar sérios impactos à saúde das pessoas, especialmente àquelas que habitam regiões consideradas pobres. Em países em desenvolvimento, as pessoas sofrem mais com essas doenças, devido à constante negligência que elas enfrentam.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é para que se inclua o consumo dos vegetais na dieta dos indivíduos, devido ao elevado valor nutricional que oferecem, e, assim, intensificar o cultivo dos vegetais ditos “orgânicos”. Entretanto, a forma de produção dos vegetais consegue torná-los suscetíveis à contaminação parasitária. E uma das formas de contaminação deles pode ser a água utilizada na irrigação. Animais presentes nas áreas ao redor das plantações deixam fezes nas proximidades, e o uso de adubo orgânico, originado dessas fezes e de materiais em decomposição, eleva o risco de parasitas se proliferarem nas lavouras, o que facilita a contaminação dos hospedeiros.
Uma das questões mais preocupantes e alarmantes para a saúde pública no cotidiano são as doenças transmitidas por esses alimentos. Elas afetam milhões de pessoas anualmente, tanto em nações desenvolvidas quanto naquelas em vias do desenvolvimento. A ingestão de alimentos contaminados por parasitas pode proporcionar danos à saúde da população, caso não seja tratada a tempo. Os sinais clínicos podem variar de acordo com a carga parasitária, resultando em sintomas como diarreia, dificuldade de absorção de nutrientes, bloqueio intestinal, inflamação do cólon, anemia e desnutrição, o que pode impactar negativamente a qualidade de vida dos indivíduos. A pesquisa mostrou que as infecções parasitárias são doenças negligenciadas, que atingem principalmente comunidades carentes, devido à sua natureza coletiva e precária. Os pesquisadores buscaram, com este estudo, avaliar a contaminação de hortaliças comercializadas em supermercados e feiras de produtores rurais de Taguatinga-DF, a fim de encontrar possíveis contaminações por parasitas.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é para que se inclua o consumo dos vegetais na dieta dos indivíduos, devido ao elevado valor nutricional que oferecem, e, assim, intensificar o cultivo dos vegetais ditos “orgânicos”. Entretanto, a forma de produção dos vegetais consegue torná-los suscetíveis à contaminação parasitária. E uma das formas de contaminação deles pode ser a água utilizada na irrigação. Animais presentes nas áreas ao redor das plantações deixam fezes nas proximidades, e o uso de adubo orgânico, originado dessas fezes e de materiais em decomposição, eleva o risco de parasitas se proliferarem nas lavouras, o que facilita a contaminação dos hospedeiros.
Uma das questões mais preocupantes e alarmantes para a saúde pública no cotidiano são as doenças transmitidas por esses alimentos. Elas afetam milhões de pessoas anualmente, tanto em nações desenvolvidas quanto naquelas em vias do desenvolvimento. A ingestão de alimentos contaminados por parasitas pode proporcionar danos à saúde da população, caso não seja tratada a tempo. Os sinais clínicos podem variar de acordo com a carga parasitária, resultando em sintomas como diarreia, dificuldade de absorção de nutrientes, bloqueio intestinal, inflamação do cólon, anemia e desnutrição, o que pode impactar negativamente a qualidade de vida dos indivíduos. A pesquisa mostrou que as infecções parasitárias são doenças negligenciadas, que atingem principalmente comunidades carentes, devido à sua natureza coletiva e precária. Os pesquisadores buscaram, com este estudo, avaliar a contaminação de hortaliças comercializadas em supermercados e feiras de produtores rurais de Taguatinga-DF, a fim de encontrar possíveis contaminações por parasitas.
Como é feita a pesquisa?
Esta pesquisa foi de observação de campo e envolveu a coleta de dados em supermercados conhecidos e em feiras livres escolhidas de forma aleatória, localizadas na cidade de Taguatinga, Distrito Federal. As amostras coletadas nesses estabelecimentos foram de hortaliças folhosas: alface da variedade crocante e agrião. Inicialmente, foram selecionadas para o estudo dez amostras no mercado popular denominado X, sendo cinco de alface e cinco de agrião. Em seguida, no mercado central denominado Y, foram recolhidas somente cinco amostras, sendo três de alface e duas de agrião. Portanto, no período de aproximadamente trinta dias, foram analisadas 15 amostras dos vegetais, sendo oito de alface e sete de agrião. No mês seguinte, foram coletadas mais dez amostras. Dessa vez, no mercado de produtos agrícolas denominado Z, sendo cinco amostras de alface e cinco de agrião. No mercado central denominado W, foram coletadas cinco amostras, sendo duas de alface e três de agrião. Também foram analisadas quinze amostras provenientes das feiras livres, sendo sete de alface e oito de agrião, ou seja, foram analisadas um total de trinta amostras, sendo quinze de alface e quinze de agrião.
Após a coleta, todos os legumes foram armazenados separadamente em sacos plásticos limpos e transportados em caixas de isopor para o laboratório de parasitologia do Centro Universitário LS em Taguatinga-DF, onde foram mantidos em geladeira, numa temperatura de cinco graus Celsius, por vinte e quatro horas antes de serem processados. Os legumes foram amassados manualmente e luvas descartáveis foram usadas para tal fim. Para a higienização, usou-se uma escova de cerdas suaves e, em um recipiente limpo e lavado com 300 ml de água destilada, acrescentou-se detergente líquido antes de serem desfolhados.
Os pesquisadores usaram também, nesse estudo, o método simples de centrifugação de sedimentos, no qual a água e o sedimento de cada amostra lavada foram reservados nos copos cônicos de 200 ml e, após vinte e quatro horas, descartada a maior parte da água, transferindo-se o pellet para um tubo de amostra de 15 ml, centrifugando-o por quase quatro minutos. Na sequência, preparou-se as lâminas microscópicas com o sedimento homogeneizado e as usou, com o intuito de avaliar e identificar as estruturas parasitárias. Os resultados foram registrados em uma tabela do Microsoft Excel.
Após a coleta, todos os legumes foram armazenados separadamente em sacos plásticos limpos e transportados em caixas de isopor para o laboratório de parasitologia do Centro Universitário LS em Taguatinga-DF, onde foram mantidos em geladeira, numa temperatura de cinco graus Celsius, por vinte e quatro horas antes de serem processados. Os legumes foram amassados manualmente e luvas descartáveis foram usadas para tal fim. Para a higienização, usou-se uma escova de cerdas suaves e, em um recipiente limpo e lavado com 300 ml de água destilada, acrescentou-se detergente líquido antes de serem desfolhados.
Os pesquisadores usaram também, nesse estudo, o método simples de centrifugação de sedimentos, no qual a água e o sedimento de cada amostra lavada foram reservados nos copos cônicos de 200 ml e, após vinte e quatro horas, descartada a maior parte da água, transferindo-se o pellet para um tubo de amostra de 15 ml, centrifugando-o por quase quatro minutos. Na sequência, preparou-se as lâminas microscópicas com o sedimento homogeneizado e as usou, com o intuito de avaliar e identificar as estruturas parasitárias. Os resultados foram registrados em uma tabela do Microsoft Excel.
Qual a importância da pesquisa?
Os resultados da pesquisa mostraram que 100% das amostras de alface e agrião vendidas em supermercados e feiras livres de Taguatinga DF estavam contaminadas com vários patógenos. Ou seja, todas as amostras analisadas estavam contaminadas, sendo que seis delas continham amebas que não causam doenças, já nas outras vinte e quatro foram encontradas parasitas que causam danos à saúde. As análises das amostras de alface mostraram a presença de diversos parasitas, como ácaros, ovos e trofozoítos, enquanto as de agrião mostram uma quantidade maior de microrganismos parasitários: protozoários, fungos, algas e bactérias, incluindo-se as larvas se comparadas às de alface. Além desses, também foram encontradas nas folhas de agrião e alface amebas inofensivas que habitam o intestino grosso de seres humanos e de porcos, cães, gatos, roedores, entre outros animais.
A forma como foram cultivadas, cuidadas e manuseadas as hortaliças podem constituir o fator primordial que resultou no surgimento de elevado número dos patógenos que possam afetar a saúde humana. Ficou evidente, no estudo, que as folhas de agrião são as mais afetadas pelos parasitas, sendo a densa folhagem um fator fundamental para essa contaminação. Levando-se em consideração que algumas dessas espécies são nocivas ao homem, a presença de parasitas em todos os vegetais analisados indica perigo se forem consumidos sem higienização e cuidados durante o preparo. Realça-se ainda, neste estudo, a necessidade de se reforçar a importância de medidas de segurança quando do consumo desses alimentos, tendo em vista que algumas espécies são prejudiciais à saúde dos seus hospedeiros.
Vale lembrar que as infecções intestinais provenientes de protozoários são classificadas como a terceira principal causa de óbito em uma escala mundial, ocasionando mais de cem mil mortes por ano. Dessa forma, torna-se imperativo a elaboração de políticas públicas que otimizem a prevenção das infecções parasitárias, favorecendo a saúde pública e atendendo aos princípios da Prevenção e Promoção da Saúde, visando contribuir para a erradicação das Doenças Tropicais Negligenciadas. Diante desse cenário, é notável a necessidade de se realizar mais pesquisas nesse campo, avaliando-se a presença de formas parasitárias em vegetais.
A forma como foram cultivadas, cuidadas e manuseadas as hortaliças podem constituir o fator primordial que resultou no surgimento de elevado número dos patógenos que possam afetar a saúde humana. Ficou evidente, no estudo, que as folhas de agrião são as mais afetadas pelos parasitas, sendo a densa folhagem um fator fundamental para essa contaminação. Levando-se em consideração que algumas dessas espécies são nocivas ao homem, a presença de parasitas em todos os vegetais analisados indica perigo se forem consumidos sem higienização e cuidados durante o preparo. Realça-se ainda, neste estudo, a necessidade de se reforçar a importância de medidas de segurança quando do consumo desses alimentos, tendo em vista que algumas espécies são prejudiciais à saúde dos seus hospedeiros.
Vale lembrar que as infecções intestinais provenientes de protozoários são classificadas como a terceira principal causa de óbito em uma escala mundial, ocasionando mais de cem mil mortes por ano. Dessa forma, torna-se imperativo a elaboração de políticas públicas que otimizem a prevenção das infecções parasitárias, favorecendo a saúde pública e atendendo aos princípios da Prevenção e Promoção da Saúde, visando contribuir para a erradicação das Doenças Tropicais Negligenciadas. Diante desse cenário, é notável a necessidade de se realizar mais pesquisas nesse campo, avaliando-se a presença de formas parasitárias em vegetais.
Área do Conhecimento
Ciências Biológicas
Palavras-chave – Entre 3 a 5 palavras
Português
doenças parasitárias
Português
contaminação de alimentos
Português
parasitologia
ODS
ODS 3: Saúde e Bem-Estar
Link da pesquisa original
Data da publicação do texto de divulgação
June 25, 2024