Programa de controle de qualidade para equipamentos de irradiação usados em tratamentos de tumores cerebrais
Item
Título para divulgação do texto
Programa de controle de qualidade para equipamentos de irradiação usados em tratamentos de tumores cerebrais
Título original da pesquisa
Proposta de Um Programa de Controle da Qualidade em Serviços que utilizem Aceleradores Lineares para Radiocirurgia Estereotáxica
Imagem de capa
Revisão de texto
Autores do texto original
Fonte(s) Financiadora(s)
Resumo
A pesquisa busca desenvolver o programa de controle de qualidade para equipamentos de irradiação usados em tratamentos de tumores cerebrais.
Tipo
Anais
O que é a pesquisa?
Radiocirurgia estereotáxica é o nome, criado pelo cientista Lars Leskell, em 1951, que descreve qualquer método de focalizar pequenos feixes de radiação sobre uma lesão de pouco volume dentro do crânio. Este método é usado para eliminar tumores.
A radiocirurgia pode ser realizada adaptando-se equipamentos específicos às máquinas que produzem feixes de radiação, nesse caso os aceleradores lineares.
Portanto o Controle da Qualidade de um processo radiocirúrgico tem como pré-requisito o perfeito funcionamento do acelerador linear. Como o procedimento radiocirúrgico não se limita à sala onde está instalada esta máquina e envolve um número grande de profissionais, o Controle de Qualidade deve ser um esforço de equipe.
Por outro lado, todo tratamento estereotáxico pode ser visto como um processo de duas etapas:
1)uma detalhada delimitação da forma e localização do tumor, preservando as áreas cerebrais próximas, realizada através de exames de tomografia computadorizada (T.C.), ressonância magnética (R.M.) ou angiografia; e
2)desenvolvimento e execução do tratamento planejado.
Nesta pesquisa, cientistas da Divisão de Física em Radioterapia do Departamento de Física Médica do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), órgão da Comissão Nacional de Energia Nuclear, apresentam uma proposta de visitas auditoras de curta duração em serviços de radioterapia que utilizem Aceleradores Lineares para radiocirurgias estereotáxicas, verificando os principais itens de um programa de Controle da Qualidade.
A radiocirurgia pode ser realizada adaptando-se equipamentos específicos às máquinas que produzem feixes de radiação, nesse caso os aceleradores lineares.
Portanto o Controle da Qualidade de um processo radiocirúrgico tem como pré-requisito o perfeito funcionamento do acelerador linear. Como o procedimento radiocirúrgico não se limita à sala onde está instalada esta máquina e envolve um número grande de profissionais, o Controle de Qualidade deve ser um esforço de equipe.
Por outro lado, todo tratamento estereotáxico pode ser visto como um processo de duas etapas:
1)uma detalhada delimitação da forma e localização do tumor, preservando as áreas cerebrais próximas, realizada através de exames de tomografia computadorizada (T.C.), ressonância magnética (R.M.) ou angiografia; e
2)desenvolvimento e execução do tratamento planejado.
Nesta pesquisa, cientistas da Divisão de Física em Radioterapia do Departamento de Física Médica do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), órgão da Comissão Nacional de Energia Nuclear, apresentam uma proposta de visitas auditoras de curta duração em serviços de radioterapia que utilizem Aceleradores Lineares para radiocirurgias estereotáxicas, verificando os principais itens de um programa de Controle da Qualidade.
Como é feita a pesquisa?
O controle da qualidade de um equipamento de radioterapia é em primeiro lugar uma avaliação constante de suas características de funcionamento. Essas características influenciam a exatidão na dosimetria (medidas de radiação) e localização do volume alvo, o tumor.
O funcionamento de um aparelho de radioterapia pode mudar rapidamente devido a falhas nos circuitos eletrônicos, quebras mecânicas, ou pode apresentar alterações lentas devidas à deterioração temporal nesses mesmos itens. Assim, medidas de Controle de Qualidade devem ser realizadas periodicamente em todos os equipamentos.
O objetivo desses procedimentos de controle de qualidade seria assegurar que as características estabelecidas pelos fabricantes e verificadas nos testes de aceitação dos equipamentos não apresentem desvios além dos limites estabelecidos.
Os principais itens de um programa de Controle de Qualidade a serem verificados em um sistema para radiocirurgia seriam:
1)Localização acurada - ou seja, a utilização de equipamentos de verificação do alvo que assegurem que o paciente é tratado nas corretas coordenadas, de modo que durante os tratamentos as coordenadas do alvo e o próprio paciente estejam alinhados com o isocentro (centro do foco de raios da máquina), admitindo-se a tolerância máxima de 1 milímetro, sendo que a documentação do procedimento pode ser realizada por filme radiográfico;
2)Dosimetria - medidas da quantidade de radiação, utilizando um equipamento detetor de pequeno volume, com o diâmetro do detetor menor que 2 milímetros. A distribuição da quantidade de radiação no tumor seria avaliada com dosímetros do tipo termoluminescente (TLD), de fluoreto de lítio, com forma cúbica de 1 milímetro de aresta, denominados micro cubos, que seriam inseridos num simulador de cabeça humana.
3)Segurança - seriam checadas as travas internas de segurança elétricas e mecânicas, existentes no sistema radiocirúrgico.
Uma sugestão fundamental do estudo é a realização visitas auditoras de curta duração aos centros de radioterapia onde são realizados procedimentos de radiocirurgia. Para os pesquisadores esse é o método mais completo, visto que permite a revisão geral de um grande número de aspectos do programa de Controle da Qualidade, de maneira direta e com a presença da equipe responsável pelo procedimento radiocirúrgico.
Nos parâmetros desta pesquisa uma visita auditora deveria prever uma seqüência de passos cuja ordem sugerida seria:
1.Preparação da visita;
2.visita à instituição;
3.verificação das informações;
4.medidas;
5.cálculos;
6.comparação dos resultados com os da instituição;
7.solução de divergências;
8.resumo dos resultados;
9.preparação do relatório final;
10.análise da resposta da instituição; e
11.arquivamento dos dados.
Na verdade o primeiro e fundamental passo, numa visita auditora, seria verificar a existência de um programa de Controle da Qualidade e analisar seu conteúdo. A visita deveria ser programada de comum acordo com a equipe responsável pela instituição de forma a que não interfira com a rotina normal de tratamento dos pacientes.
No regresso da inspeção todos os cálculos deveriam ser verificados. Caso fossem encontrados erros ou discrepâncias importantes entre os resultados preliminares deixados na instituição e os revisados, o físico médico da instituição deveria ser imediatamente comunicado, mesmo antes da conclusão do relatório final.
Quando as visitas auditoras em radiocirurgia já estivessem implementadas, seria sugerido um programa postal de dosimetria utilizando TLDs, conforme descrito acima.
O funcionamento de um aparelho de radioterapia pode mudar rapidamente devido a falhas nos circuitos eletrônicos, quebras mecânicas, ou pode apresentar alterações lentas devidas à deterioração temporal nesses mesmos itens. Assim, medidas de Controle de Qualidade devem ser realizadas periodicamente em todos os equipamentos.
O objetivo desses procedimentos de controle de qualidade seria assegurar que as características estabelecidas pelos fabricantes e verificadas nos testes de aceitação dos equipamentos não apresentem desvios além dos limites estabelecidos.
Os principais itens de um programa de Controle de Qualidade a serem verificados em um sistema para radiocirurgia seriam:
1)Localização acurada - ou seja, a utilização de equipamentos de verificação do alvo que assegurem que o paciente é tratado nas corretas coordenadas, de modo que durante os tratamentos as coordenadas do alvo e o próprio paciente estejam alinhados com o isocentro (centro do foco de raios da máquina), admitindo-se a tolerância máxima de 1 milímetro, sendo que a documentação do procedimento pode ser realizada por filme radiográfico;
2)Dosimetria - medidas da quantidade de radiação, utilizando um equipamento detetor de pequeno volume, com o diâmetro do detetor menor que 2 milímetros. A distribuição da quantidade de radiação no tumor seria avaliada com dosímetros do tipo termoluminescente (TLD), de fluoreto de lítio, com forma cúbica de 1 milímetro de aresta, denominados micro cubos, que seriam inseridos num simulador de cabeça humana.
3)Segurança - seriam checadas as travas internas de segurança elétricas e mecânicas, existentes no sistema radiocirúrgico.
Uma sugestão fundamental do estudo é a realização visitas auditoras de curta duração aos centros de radioterapia onde são realizados procedimentos de radiocirurgia. Para os pesquisadores esse é o método mais completo, visto que permite a revisão geral de um grande número de aspectos do programa de Controle da Qualidade, de maneira direta e com a presença da equipe responsável pelo procedimento radiocirúrgico.
Nos parâmetros desta pesquisa uma visita auditora deveria prever uma seqüência de passos cuja ordem sugerida seria:
1.Preparação da visita;
2.visita à instituição;
3.verificação das informações;
4.medidas;
5.cálculos;
6.comparação dos resultados com os da instituição;
7.solução de divergências;
8.resumo dos resultados;
9.preparação do relatório final;
10.análise da resposta da instituição; e
11.arquivamento dos dados.
Na verdade o primeiro e fundamental passo, numa visita auditora, seria verificar a existência de um programa de Controle da Qualidade e analisar seu conteúdo. A visita deveria ser programada de comum acordo com a equipe responsável pela instituição de forma a que não interfira com a rotina normal de tratamento dos pacientes.
No regresso da inspeção todos os cálculos deveriam ser verificados. Caso fossem encontrados erros ou discrepâncias importantes entre os resultados preliminares deixados na instituição e os revisados, o físico médico da instituição deveria ser imediatamente comunicado, mesmo antes da conclusão do relatório final.
Quando as visitas auditoras em radiocirurgia já estivessem implementadas, seria sugerido um programa postal de dosimetria utilizando TLDs, conforme descrito acima.
Qual a importância da pesquisa?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define e justifica Controle da Qualidade nesta área por várias razões. Porém, além delas, o mais básico argumento para justificar um programa de Controle da Qualidade é que este é o método mais simples e eficaz de reduzir e prevenir acidentes.
Existem diversas publicações que abordam o tema do Controle da Qualidade em radiocirurgia, discutindo aspectos desta, e tendo geralmente como referência as condições e equipamentos de uma equipe de primeiro mundo.
Neste trabalho foi utilizado esse nível de referência para sugerir os itens principais em um procedimento em uma visita auditora.
Entretanto, é preciso levar em conta que um programa de Controle da Qualidade tem, em cada instituição, particularidades, o que torna inviável um programa universal. A proposta apresentada deve, portanto, ser implementada levando em conta essas particularidades.
Existem diversas publicações que abordam o tema do Controle da Qualidade em radiocirurgia, discutindo aspectos desta, e tendo geralmente como referência as condições e equipamentos de uma equipe de primeiro mundo.
Neste trabalho foi utilizado esse nível de referência para sugerir os itens principais em um procedimento em uma visita auditora.
Entretanto, é preciso levar em conta que um programa de Controle da Qualidade tem, em cada instituição, particularidades, o que torna inviável um programa universal. A proposta apresentada deve, portanto, ser implementada levando em conta essas particularidades.
Área do Conhecimento
Ciências da Saúde
Palavras-chave – Entre 3 a 5 palavras
Português
controle da qualidade
Português
doenças cerebrais
Português
técnicas estereotáxicas
Português
radioterapia
ODS
ODS 3: Saúde e Bem-Estar
ODS 9: Indústria, Inovação e Infraestrutura
Referência da Pesquisa Original
GIANNONI, R. A.; ROSA, L. A. R. . PROPOSTA DE INSPEÇÃO REGULATÓRIA EM SERVIÇOS QUE UTILIZEM ACELERADORES LINEARES PARA RADIOCIRURGIA ESTEREOTÁXICA. In: VII CONGRESSO BRASILEIRO DE FÍSICA MÉDICA, 2003, PORTO ALEGRE. ANAIS DO VII CONGRESSO BRASILEIRO DE FÍSICA MÉDICA, 2003.