Uso da bioinformática para estudo de vacina contra a esquistossomose
Item
Título para divulgação do texto
Uso da bioinformática para estudo de vacina contra a esquistossomose
Título original da pesquisa
Seleção de antígenos de membrana candidatos a compor uma vacina antiesquistossomótica utilizando análises genômicas do transcriptoma do Schistosoma mansoni e avaliação da imunogenecidade e proteção gerada por estes antígenos.
Imagem de capa
Revisão de texto
Autores do texto original
Fonte(s) Financiadora(s)
Resumo
Foram selecionado e analisado proteínas de superfície e proteínas de grande importância biológica para o parasita. Em posse dos antígenos
Tipo
Artigo de periódico
O que é a pesquisa?
A esquistossomose é uma doença endêmica crônica, que afeta mais de 200 milhões de pessoas e cerca de 600 milhões vivem em risco de infecção em 76 países no mundo. A esquistossomose mansônica ou intestinal, causada pelo Schistosoma mansoni, é alvo desta pesquisa e infecta cerca de 70 milhões de pessoas. No Brasil, é calculada a existência de aproximadamente 12 milhões de infectados.
O Shistosoma mansoni é transmitido para o homem em águas nas quais se encontram caramujos do gênero Biomphalaria* contaminados. No momento da transmissão, pode ocorrer uma reação do tipo alérgica na pele, desencadeada pela penetração do parasita. Febre, dor de cabeça, calafrios, sudorese, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarreia são os sintomas da esquistossomose em sua fase aguda. O fígado e o baço também aumentam de volume, devido às inflamações causadas pela presença do verme e de seus ovos.
Geralmente, quando não tratada, a doença pode evoluir para sua forma crônica, apresentando as fezes com sangue. O doente sente tonturas, palpitações, impotência, emagrecimento, e o fígado aumenta ainda mais o tamanho. Alguns sintomas são decorrentes da obstrução das veias do baço e do fígado, sendo que o desvio do fluxo de sangue pode causar até varizes no esôfago. O enfermo nesse estágio apresenta aparência característica: fraco e com enorme barriga, o que dá à doença o seu nome popular de barriga d'água.
Os avanços da ciência com os projetos genomas têm proporcionado muitas informações importantes na identificação de antígenos para o desenvolvimento de vacinas, diagnóstico e entendimento da relação parasita-hospedeiro em diversas doenças. O transcriptoma do Schistosoma mansoni tem sido bem caracterizado pelo grupo do Professor Sérgio Verjovski-Almeida da Universidade de São Paulo (USP) e pela Rede Genoma de Minas Gerais. Conforme verificado por esses grupos, candidatos vacinais incluem proteínas que são preferencialmente expostas na superfície, como também expressas em estágios do parasita que infecta o homem.
O Laboratório de Imunologia de Doenças Infecciosas (Lidi) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em colaboração com a Rede Genoma de Minas Gerais seleciona candidatos vacinais, em análises genômicas de sequências classificadas, utilizando ferramentas de bioinformática. Análises foram realizadas, com o objetivo de selecionar proteínas de superfície e proteínas de grande importância biológica para o parasita. Em posse dos antígenos selecionados, a equipe desta pesquisa verifica seus potenciais vacinais em diversos experimentos.
O Shistosoma mansoni é transmitido para o homem em águas nas quais se encontram caramujos do gênero Biomphalaria* contaminados. No momento da transmissão, pode ocorrer uma reação do tipo alérgica na pele, desencadeada pela penetração do parasita. Febre, dor de cabeça, calafrios, sudorese, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarreia são os sintomas da esquistossomose em sua fase aguda. O fígado e o baço também aumentam de volume, devido às inflamações causadas pela presença do verme e de seus ovos.
Geralmente, quando não tratada, a doença pode evoluir para sua forma crônica, apresentando as fezes com sangue. O doente sente tonturas, palpitações, impotência, emagrecimento, e o fígado aumenta ainda mais o tamanho. Alguns sintomas são decorrentes da obstrução das veias do baço e do fígado, sendo que o desvio do fluxo de sangue pode causar até varizes no esôfago. O enfermo nesse estágio apresenta aparência característica: fraco e com enorme barriga, o que dá à doença o seu nome popular de barriga d'água.
Os avanços da ciência com os projetos genomas têm proporcionado muitas informações importantes na identificação de antígenos para o desenvolvimento de vacinas, diagnóstico e entendimento da relação parasita-hospedeiro em diversas doenças. O transcriptoma do Schistosoma mansoni tem sido bem caracterizado pelo grupo do Professor Sérgio Verjovski-Almeida da Universidade de São Paulo (USP) e pela Rede Genoma de Minas Gerais. Conforme verificado por esses grupos, candidatos vacinais incluem proteínas que são preferencialmente expostas na superfície, como também expressas em estágios do parasita que infecta o homem.
O Laboratório de Imunologia de Doenças Infecciosas (Lidi) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em colaboração com a Rede Genoma de Minas Gerais seleciona candidatos vacinais, em análises genômicas de sequências classificadas, utilizando ferramentas de bioinformática. Análises foram realizadas, com o objetivo de selecionar proteínas de superfície e proteínas de grande importância biológica para o parasita. Em posse dos antígenos selecionados, a equipe desta pesquisa verifica seus potenciais vacinais em diversos experimentos.
Como é feita a pesquisa?
Esta pesquisa começa nas informações depositadas pelo Projeto Genoma de Minas Gerais, que utiliza o transcriptoma de Schistosoma mansoni como modelo. Vários antígenos de grande potencial vacinal são selecionados pela equipe de cientistas, que utiliza ferramentas de bioinformática. Para isso são utilizadas técnicas refinadas de sequenciamento para caracterização completa do cDNA desses antígenos.
Após sequenciamento completo, são feitas análises genômicas para identificação de domínios conservados nos antígenos comparados com outros em banco de dados preexistentes. Posteriormente, esses antígenos são produzidos em sistemas de expressão recombinante e purificados para análises, que englobam análises bioquímicas, imunolocalização, resposta imune humoral e celular em soro de pacientes esquistossomóticos, avaliação da proteção em animais vacinados, análise da expressão nas fases do parasita, entre outras de grande importância para a caracterização de antígenos vacinais.
Após sequenciamento completo, são feitas análises genômicas para identificação de domínios conservados nos antígenos comparados com outros em banco de dados preexistentes. Posteriormente, esses antígenos são produzidos em sistemas de expressão recombinante e purificados para análises, que englobam análises bioquímicas, imunolocalização, resposta imune humoral e celular em soro de pacientes esquistossomóticos, avaliação da proteção em animais vacinados, análise da expressão nas fases do parasita, entre outras de grande importância para a caracterização de antígenos vacinais.
Qual a importância da pesquisa?
As estratégias utilizadas atualmente para o controle da esquistossomose consistem no controle da transmissão e no controle da morbidade, sendo que essas possuem limitações, como o elevado custo e o desenvolvimento de resistência às drogas utilizadas para o tratamento. Foi verificado que, nas últimas duas décadas de tratamento químico contra a esquistossomose, o número de pessoas infectadas continuou o mesmo, deixando clara a necessidade de se desenvolver uma vacina antiesquistossomótica.
Área do Conhecimento
Ciências da Saúde
Palavras-chave – Entre 3 a 5 palavras
Portuguesa
Saúde
Portuguesa
Biologia
ODS
ODS 3: Saúde e Bem-Estar
ODS 9: Indústria, Inovação e Infraestrutura
Referência da Pesquisa Original
Disponível em: https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese1/ciencias-da-saude/150-uso-da-bioinformatica-para-estudo-de-vacina-contra-a-esquistossomose . Acesso 16 jun 2022
Material Complementar
Esta pesquisa foi iniciada em março de 2003 e concluída em 2007.
A Rede Genoma Minas Gerais foi criada em 2004, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). A rede conta com laboratórios em instituições como Fiocruz, Embrapa Milho e Sorgo e nas universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Ouro Preto (Ufop), Uberlândia (UFU), Lavras (Ufla) e Viçosa (UFV).
A Rede Genoma Minas Gerais foi criada em 2004, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). A rede conta com laboratórios em instituições como Fiocruz, Embrapa Milho e Sorgo e nas universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Ouro Preto (Ufop), Uberlândia (UFU), Lavras (Ufla) e Viçosa (UFV).
Data da publicação do texto de divulgação
August 23, 2005