Cientistas pesquisam a genética do feijão para possibilitar a melhoria das plantações.
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Título para divulgação do texto
Cientistas pesquisam a genética do feijão para possibilitar a melhoria das plantações.
Título original da pesquisa
Mapeamento genético e análise molecular com marcadores microssatélites em genótipos de feijão (Phaseolus vulgaris L)
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Revisão de texto
Autores do texto original
Fonte(s) Financiadora(s)
Resumo
Os pesquisadores da EMBRAPA, desenvolveram pesquisas com a cultura do feijoeiro já há três décadas para possibilitar a melhoria das plantações.
Tipo
Projeto de pesquisa
O que é a pesquisa?
O feijão (cujo nome científico é Phaseolus vulgaris L.) é uma cultura amplamente difundida no Brasil, que é o maior produtor e consumidor mundial.
A EMBRAPA Arroz e Feijão, localizada em Santo Antônio de Goiás (GO), vêm desenvolvendo pesquisas com a cultura do feijoeiro já há três décadas.
Neste período, a equipe de melhoramento genético lançou várias cultivares de feijão (plantas de feijão lançadas comercialmente), como Aporé, Onix, Pérola, Jalo Precoce e Diamante Negro.
Mas o sucesso de uma variedade também está condicionado às condições de lavoura na qual ela se desenvolve. No Brasil existem áreas de produção de alta tecnologia, com irrigação artificial, submetidas à correção de solo e adubação, com produtividade média acima de 1300 quilos por hectare.
Porém existem áreas, normalmente localizadas em pequenas propriedades, onde não há irrigação, e que possuem solo com baixa acidez, pobre em fósforo e com toxidez de alumínio, e sem nenhum controle de pragas e doenças, resultando em baixa produtividade.
Devido a estes fatores, a produtividade média nacional de feijão tem permanecido em torno de 600 quilos por hectare, embora o potencial da cultura, sob condições ótimas de manejo, atinja até 5.000 quilos por hectare.
Ante a demanda de produtividade crescente, as técnicas de melhoramento genético são vistas como uma alternativa tecnológica e economicamente viável.
Uma das possibilidades abertas pela manipulação genética é gerar conhecimento mais preciso e detalhado sobre os recursos genéticos existentes, que correspondem ao nosso germoplasma, visando utilizá-los como fontes de introdução de variabilidade genética em programas de melhoramento genético.
Para isto, pesquisadores da EMBRAPA Arroz e Feijão propõem, através da análise e detecção de diferenças entre indivíduos a nível de DNA repetitivo, utilizando a tecnologia de marcadores moleculares do tipo microssatélites, gerar maior conhecimento sobre a variação genética existente no germoplasma de feijão.
A introdução de variabilidade genética nos programas de melhoramento genético de feijão, visando gerar novas combinações genéticas através da ampliação da base genética da cultura, é fundamental para fazer frente a demandas como aumento de produtividade e qualidade de grão do feijão.
A EMBRAPA Arroz e Feijão, localizada em Santo Antônio de Goiás (GO), vêm desenvolvendo pesquisas com a cultura do feijoeiro já há três décadas.
Neste período, a equipe de melhoramento genético lançou várias cultivares de feijão (plantas de feijão lançadas comercialmente), como Aporé, Onix, Pérola, Jalo Precoce e Diamante Negro.
Mas o sucesso de uma variedade também está condicionado às condições de lavoura na qual ela se desenvolve. No Brasil existem áreas de produção de alta tecnologia, com irrigação artificial, submetidas à correção de solo e adubação, com produtividade média acima de 1300 quilos por hectare.
Porém existem áreas, normalmente localizadas em pequenas propriedades, onde não há irrigação, e que possuem solo com baixa acidez, pobre em fósforo e com toxidez de alumínio, e sem nenhum controle de pragas e doenças, resultando em baixa produtividade.
Devido a estes fatores, a produtividade média nacional de feijão tem permanecido em torno de 600 quilos por hectare, embora o potencial da cultura, sob condições ótimas de manejo, atinja até 5.000 quilos por hectare.
Ante a demanda de produtividade crescente, as técnicas de melhoramento genético são vistas como uma alternativa tecnológica e economicamente viável.
Uma das possibilidades abertas pela manipulação genética é gerar conhecimento mais preciso e detalhado sobre os recursos genéticos existentes, que correspondem ao nosso germoplasma, visando utilizá-los como fontes de introdução de variabilidade genética em programas de melhoramento genético.
Para isto, pesquisadores da EMBRAPA Arroz e Feijão propõem, através da análise e detecção de diferenças entre indivíduos a nível de DNA repetitivo, utilizando a tecnologia de marcadores moleculares do tipo microssatélites, gerar maior conhecimento sobre a variação genética existente no germoplasma de feijão.
A introdução de variabilidade genética nos programas de melhoramento genético de feijão, visando gerar novas combinações genéticas através da ampliação da base genética da cultura, é fundamental para fazer frente a demandas como aumento de produtividade e qualidade de grão do feijão.
Como é feita a pesquisa?
Este projeto tem como objetivos:
1)posicionar no genoma do feijão um conjunto de marcadores microssatélites (para escolha dos marcadores localizados em cada um dos 11 cromossomos do feijão), e que possuam maior capacidade para estimar a variabilidade genética;
2)utilizar os marcadores microssatélites selecionados para estimar a variabilidade genética de um conjunto de genótipos (tipos geneticamente diferenciados de feijão) de interesse do programa de melhoramento genético do feijão; e
3)organizar as informações genéticas em um banco de dados, para orientar a escolha da melhor combinação de germoplasma para ser utilizado em novos cruzamentos.
Pretende-se, com este trabalho, incorporar um elemento de análise genômica do feijão, através dos marcadores microssatélites, e imediatamente repassar as informações para o programa de melhoramento genético do feijoeiro, auxiliando na busca e seleção de genótipos favoráveis em relação às características desejadas e que interessam aos agricultores.
Até recentemente, a principal limitação apresentada pelos marcadores microssatélites era o elevado custo requerido para o seu desenvolvimento. Contudo, este custo tem sido reduzido, principalmente devido a estratégias inovadoras de enriquecimento de bibliotecas genômicas e a tecnologias rápidas de seqüenciamento automático, baseadas em fluorescência.
Será estabelecido um banco de dados contendo informações sobre a presença e freqüência de formas alternativas de uma mesma região do genoma presentes entre os indivíduos analisados geneticamente. Esse banco de dados nos apontará a necessidade de introduzir, manter ou eliminar genótipos (variedades ou linhagens) de feijão presentes nesta coleção.
Com isto, torna-se possível direcionar cruzamentos, através da escolha de genótipos geneticamente divergentes (incluindo espécies silvestres e cultivares antigas), para aumentar a variabilidade genética disponível para o programa de melhoramento genético do feijão.
Na pesquisa serão utilizados 128 marcadores microssatélites previamente desenvolvidos e caracterizados, e inseridos no mapa genético de algumas variedades de feijão.
Serão selecionados aproximadamente 20 marcadores microssatélites, distribuídos ao longo dos 11 cromossomos do feijoeiro, e que possuam maior capacidade de identificar variação genética entre genótipos. Estes marcadores, além de serem utilizados na análise de germoplasma, serão o ponto de partida para identificação de regiões do genoma relacionadas a genes de interesse agronômico, seguindo a metodologia conhecida por análise de QTLs (Quantitative Trait Loci).
As informações geradas pela análise molecular com os marcadores nos acessos do Banco de Germoplasma de Feijão serão imediatamente utilizadas como ferramenta de auxílio ao programa de melhoramento genético do feijoeiro.
1)posicionar no genoma do feijão um conjunto de marcadores microssatélites (para escolha dos marcadores localizados em cada um dos 11 cromossomos do feijão), e que possuam maior capacidade para estimar a variabilidade genética;
2)utilizar os marcadores microssatélites selecionados para estimar a variabilidade genética de um conjunto de genótipos (tipos geneticamente diferenciados de feijão) de interesse do programa de melhoramento genético do feijão; e
3)organizar as informações genéticas em um banco de dados, para orientar a escolha da melhor combinação de germoplasma para ser utilizado em novos cruzamentos.
Pretende-se, com este trabalho, incorporar um elemento de análise genômica do feijão, através dos marcadores microssatélites, e imediatamente repassar as informações para o programa de melhoramento genético do feijoeiro, auxiliando na busca e seleção de genótipos favoráveis em relação às características desejadas e que interessam aos agricultores.
Até recentemente, a principal limitação apresentada pelos marcadores microssatélites era o elevado custo requerido para o seu desenvolvimento. Contudo, este custo tem sido reduzido, principalmente devido a estratégias inovadoras de enriquecimento de bibliotecas genômicas e a tecnologias rápidas de seqüenciamento automático, baseadas em fluorescência.
Será estabelecido um banco de dados contendo informações sobre a presença e freqüência de formas alternativas de uma mesma região do genoma presentes entre os indivíduos analisados geneticamente. Esse banco de dados nos apontará a necessidade de introduzir, manter ou eliminar genótipos (variedades ou linhagens) de feijão presentes nesta coleção.
Com isto, torna-se possível direcionar cruzamentos, através da escolha de genótipos geneticamente divergentes (incluindo espécies silvestres e cultivares antigas), para aumentar a variabilidade genética disponível para o programa de melhoramento genético do feijão.
Na pesquisa serão utilizados 128 marcadores microssatélites previamente desenvolvidos e caracterizados, e inseridos no mapa genético de algumas variedades de feijão.
Serão selecionados aproximadamente 20 marcadores microssatélites, distribuídos ao longo dos 11 cromossomos do feijoeiro, e que possuam maior capacidade de identificar variação genética entre genótipos. Estes marcadores, além de serem utilizados na análise de germoplasma, serão o ponto de partida para identificação de regiões do genoma relacionadas a genes de interesse agronômico, seguindo a metodologia conhecida por análise de QTLs (Quantitative Trait Loci).
As informações geradas pela análise molecular com os marcadores nos acessos do Banco de Germoplasma de Feijão serão imediatamente utilizadas como ferramenta de auxílio ao programa de melhoramento genético do feijoeiro.
Qual a importância da pesquisa?
A construção de mapas genéticos com elevado conteúdo informativo para a cultura do feijão abre novas perspectivas para a identificação e prospecção de genes que sejam de interesse para a melhoria genética, para a seleção assistida por marcadores e para a clonagem de genes.
Adicionalmente, um mapa genético composto de marcadores microssatélites possibilita o intercâmbio de informações entre diferentes grupos de pesquisas, o que proporciona um efeito multiplicador dos dados gerados.
A caracterização molecular da coleção de germoplasma utilizada pelos melhoristas utilizando marcadores microssatélites resultará numa ampliação dos conhecimentos sobre o grau de variabilidade genética entre os genótipos que compõem a coleção, facilitando o processo de amostragem e o uso racional e eficiente da variabilidade existente e armazenada no banco.
A metodologia empregada neste projeto para sistematizar os dados obtidos da coleção de germoplasma ajudará tanto os melhoristas, no planejamento de novos cruzamentos para o programa de melhoria genética, quanto aos biólogos moleculares, através da escolha dos melhores genótipos para estudos de análise genômica funcional.
Finalmente, como o Brasil é o principal produtor e consumidor mundial de feijão, o melhoramento genético desta cultura já vem tendo um importante impacto na cadeia produtiva, na distribuição de renda e na qualidade da alimentação da população, principalmente a de baixa renda, além de contribuir para a viabilização da agricultura familiar.
Adicionalmente, um mapa genético composto de marcadores microssatélites possibilita o intercâmbio de informações entre diferentes grupos de pesquisas, o que proporciona um efeito multiplicador dos dados gerados.
A caracterização molecular da coleção de germoplasma utilizada pelos melhoristas utilizando marcadores microssatélites resultará numa ampliação dos conhecimentos sobre o grau de variabilidade genética entre os genótipos que compõem a coleção, facilitando o processo de amostragem e o uso racional e eficiente da variabilidade existente e armazenada no banco.
A metodologia empregada neste projeto para sistematizar os dados obtidos da coleção de germoplasma ajudará tanto os melhoristas, no planejamento de novos cruzamentos para o programa de melhoria genética, quanto aos biólogos moleculares, através da escolha dos melhores genótipos para estudos de análise genômica funcional.
Finalmente, como o Brasil é o principal produtor e consumidor mundial de feijão, o melhoramento genético desta cultura já vem tendo um importante impacto na cadeia produtiva, na distribuição de renda e na qualidade da alimentação da população, principalmente a de baixa renda, além de contribuir para a viabilização da agricultura familiar.
Área do Conhecimento
Ciências Biológicas
Palavras-chave – Entre 3 a 5 palavras
Portuguesa
Embrapa
Portuguesa
Genética
Portuguesa
Feijão
Portuguesa
Pragas
Portuguesa
Solo
ODS
ODS 2: Fome Zero e Agricultura Sustentável
ODS 15: Vida Terrestre
Referência da Pesquisa Original
BRONDANI, Rosana Pereira Vianello. Mapeamento genético e análise molecular com marcadores microssatélites em genótipos de feijão (Phaseolus vulgaris L). 2003.
Data da publicação do texto de divulgação
November 17, 2003