A peculiar órbita solar e os braços espirais da galáxia
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Título para divulgação do texto
A peculiar órbita solar e os braços espirais da galáxia
Título original da pesquisa
The dynamic origin of the Local Arm and the Sun's trapped orbit
Imagem de capa
Autor do texto de divulgação
Revisão de texto
Fonte(s) Financiadora(s)
Resumo
São utilizados, nesta pesquisa, as informações de diferentes traçadores para analisar os movimentos do Sol na nossa galáxia e sua relação com os braços espirais, inclusive o Braço Local.
Tipo
Artigo de periódico
O que é a pesquisa?
Durante a noite, em situações de luminosidade baixa, é possível identificar uma banda brilhante que corta o céu. Essa é a Via Láctea, a galáxia onde se encontra o Sistema Solar e, consequentemente, nosso planeta. Seu formato, comum a muitas outras galáxias, é devido a longos braços que irradiam de sua região central criando uma espiral. É esse disco, formado pelos braços, que origina a estrutura luminosa que observamos no céu noturno.
Os braços galácticos são compostos por estrelas, gases e nuvens de poeira, que obstruem a visão que poderíamos ter do centro da galáxia. Esses componentes emitem diferentes tipos de radiação que, ao serem captados e interpretados, oferecem informações acerca de suas posições e velocidades. Tais objetos são chamados traçadores. Graças a eles, obtivemos dados acerca das estruturas que nos ladeiam, o braço de Sagitário-Carina e braço de Perseu, assim como uma formação menor, chamada de Braço Local, localizada relativamente próxima ao nosso Sol. Embora fosse conhecido há muito tempo, não existia explicação para a origem do Braço Local.
Ainda que todos os componentes do disco galáctico girem em torno do centro da Via Láctea, verifica-se que nem todos o fazem com a mesma velocidade. As estrelas, por exemplo, não realizam sua trajetória na mesma velocidade dos braços, o que faz com que elas os atravessem periodicamente. Curiosamente, isso não se verifica com o Sol. Os pesquisadores Jacques Lepine, Tatiana Michtchenko, Douglas Barros e Ronaldo Vieira, da Universidade de São Paulo (USP), utilizaram informações de diferentes traçadores para analisar os movimentos do Sol na nossa galáxia e sua relação com os braços espirais, inclusive o Braço Local. Os pesquisadores propõem que existe uma relação entre o comportamento apresentado pela órbita solar e a formação do Braço Local.
Ainda que todos os componentes do disco galáctico girem em torno do centro da Via Láctea, verifica-se que nem todos o fazem com a mesma velocidade. As estrelas, por exemplo, não realizam sua trajetória na mesma velocidade dos braços, o que faz com que elas os atravessem periodicamente. Curiosamente, isso não se verifica com o Sol. Os pesquisadores Jacques Lepine, Tatiana Michtchenko, Douglas Barros e Ronaldo Vieira, da Universidade de São Paulo (USP), utilizaram informações de diferentes traçadores para analisar os movimentos do Sol na nossa galáxia e sua relação com os braços espirais, inclusive o Braço Local. Os pesquisadores propõem que existe uma relação entre o comportamento apresentado pela órbita solar e a formação do Braço Local.
Como é feita a pesquisa?
Para compreender a origem do Braço Local, foram analisados dados de seus traçadores obtidos por pesquisas anteriores. As informações sobre posição e velocidade desses objetos permitiu o cálculo das trajetórias descritas pelas estrelas existentes na região. O estudo adotou um modelo de nossa galáxia para calcular as influências gravitacionais que o disco galáctico e seus braços teriam sobre essas estrelas e o Sol.
Os cálculos apontam para a existência de uma zona entre os braços de Sagitário-Carina e Perseu onde estrelas oscilam sem atravessá-los. Essa ilha de estabilidade, que se situa entre regiões mais caóticas da nossa galáxia não é a única. A pesquisa prevê a existência de quatro áreas estáveis na Via Láctea, que são deslocadas à mesma velocidade dos braços galácticos. Não só houve evidências de que o Sol está nessa região, mas muitos dos traçadores provenientes do Braço Local também.
Os cálculos apontam para a existência de uma zona entre os braços de Sagitário-Carina e Perseu onde estrelas oscilam sem atravessá-los. Essa ilha de estabilidade, que se situa entre regiões mais caóticas da nossa galáxia não é a única. A pesquisa prevê a existência de quatro áreas estáveis na Via Láctea, que são deslocadas à mesma velocidade dos braços galácticos. Não só houve evidências de que o Sol está nessa região, mas muitos dos traçadores provenientes do Braço Local também.
Qual a importância da pesquisa?
A pesquisa traz dois principais resultados. O primeiro é o de que o Sol e seu sistema de planetas está situado em uma zona protegida do disco galáctico, que escapa das perturbações que seriam causadas por uma travessia por dentro dos braços espirais. Alguns pesquisadores acreditam que a presença de explosões de supernovas, emissões de raios cósmicos e nuvens de gás molecular nos braços colocaria em risco o surgimento de vida em nosso planeta. Existimos, assim, em uma espécie de “oásis” que dificulta que nosso planeta seja esterilizado por eventos cósmicos. Essas informações podem auxiliar na busca de estrelas similares ao Sol e na compreensão de quais regiões da nossa galáxia poderiam abrigar vida.
Os resultados também mostram que várias estrelas próximas ao Sol pertencentes ao Braço Local mantêm trajetórias dentro da ilha de estabilidade, e que as condições da zona favorecem a formação de novas estrelas. Estaríamos, de certa forma, presenciando o desenvolvimento do Braço Local, graças à existência da ilha de estabilidade. Os cientistas supõem que uma colisão da nossa galáxia com um grande objeto cósmico no passado tenha formado os braços de Sagitário-Carina e Perseu, assim como a zona de estabilidade entre eles. Nessa zona, estrelas e gases teriam ficado aprisionados, e o movimento oscilante contínuo dos gases faria com que se chocassem o bastante para dar origem a novas estrelas. Tal processo continua até hoje, e é responsável pela formação do Braço Local.
Os resultados também mostram que várias estrelas próximas ao Sol pertencentes ao Braço Local mantêm trajetórias dentro da ilha de estabilidade, e que as condições da zona favorecem a formação de novas estrelas. Estaríamos, de certa forma, presenciando o desenvolvimento do Braço Local, graças à existência da ilha de estabilidade. Os cientistas supõem que uma colisão da nossa galáxia com um grande objeto cósmico no passado tenha formado os braços de Sagitário-Carina e Perseu, assim como a zona de estabilidade entre eles. Nessa zona, estrelas e gases teriam ficado aprisionados, e o movimento oscilante contínuo dos gases faria com que se chocassem o bastante para dar origem a novas estrelas. Tal processo continua até hoje, e é responsável pela formação do Braço Local.
Área do Conhecimento
Engenharias
Palavras-chave – Entre 3 a 5 palavras
Portuguesa
Órbita (Sol)
Portuguesa
Braços espirais
Portuguesa
Galáxia
ODS
ODS 9: Indústria, Inovação e Infraestrutura
ODS 17: Parcerias e Meios de Implementação
Link da pesquisa original
Material Complementar
Data da publicação do texto de divulgação
December 8, 2017
Coleções
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