Ingestão de átomos radioativos e metais pesados presentes em vegetais

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Título para divulgação do texto

Ingestão de átomos radioativos e metais pesados presentes em vegetais

Título original da pesquisa

Radionuclídeos naturais e metais pesados em vegetais da dieta da população da cidade do Rio de Janeiro

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Autores do texto original

Fonte(s) Financiadora(s)

Resumo

A pesquisa cria e testa metodologia que permitisse avaliar com exatidão a ingestão de radionuclídeos naturais bem como dos metais pesados pela população brasileira em função do consumo de alimentos de origem vegetal.

Tipo

Tese ou dissertação

O que é a pesquisa?

É incontestável que os alimentos consumidos pelo homem devam conter nutrientes capazes, tanto qualitativa como quantitativamente, de garantir um metabolismo (funcionamento corporal) adequado e, por conseqüência, condições ideais de saúde.
Em função disso uma grande atenção dos especialistas em nutrição recai sobre as frutas e vegetais, já que 73% do total da dieta humana é constituída de alimentos de origem vegetal.
Entre as variáveis a serem consideradas para determinar se a dieta é ou não salutar está a presença e quantidade de radionuclídeos (átomos que emitem radiação) e de metais pesados (Zinco, Manganês, Níquel, Chumbo, Cádmio etc.) nos alimentos. É preciso medir com exatidão os teores destes elementos em cada espécie e variedade de planta, já que nos vegetais ocorrem, de forma natural, radionuclídeos e metais pesados, geralmente em dosagens inofensivas ao homem.
Outro fator a ser considerado é que o teor de radionuclídeos e de metais pesados em cada vegetal depende não apenas da fisiologia da planta e do tipo de solo onde existe a cultura, mas também do gerenciamento das culturas na utilização dos fertilizantes, herbicidas, fungicidas e inseticidas.
Entretanto não se tem conhecimento das doses de ingestão de radionuclídeos naturais e de metais pesados na dieta de origem vegetal da população brasileira. Por isso pesquisadores do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro buscaram, nesta pesquisa, criar e testar uma metodologia que permitisse avaliar com exatidão a ingestão de radionuclídeos naturais bem como dos metais pesados pela população brasileira em função do consumo de alimentos de origem vegetal.

Como é feita a pesquisa?

Os pesquisadores iniciaram o trabalho focando, como campo de estudo, a cidade do Rio de Janeiro.
Para avaliar a dose de ingestão e a ingestão diária de radionuclídeos naturais e metais pesados devida ao consumo de vegetais pela população brasileira os cientistas usaram os seguintes métodos:
- Levantamento dos principais vegetais e produtos vegetais consumidos pela população (tomando por base o banco de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) www.sidra.ibge.gov.br;
- identificação dos principais centros distribuidores do estado (CEASA, principais supermercados etc...) e das principais marcas dos produtos industrializados;
- análise de todos os metais pesados; e
- análise dos radionuclídeos Urânio 238(U-238), Tório 232(Th-232), Rádio 228 (Ra-228), Rádio 226 (Ra-226) e Chumbo 210 (Pb-210).

Qual a importância da pesquisa?

A pesquisa obteve êxito ao determinar com mais precisão os teores de radionuclídeos e metais pesados ingeridos pela população estudada. Foi possível comprovar que os vegetais e produtos derivados consumidos na cidade do Rio de Janeiro não apresentam nenhum indício de contaminação por radionuclídeos naturais ou metais pesados.
Os resultados do estudo indicam, assim, que as doses recebidas pelos consumidores cariocas, devidas à ingestão de radionuclídeos naturais e metais pesados nos vegetais e produtos derivados, são inferiores aos valores de referência estabelecidos por organismos internacionais.
Em relação a radionuclídeos das séries naturais – (U-238),(Th-232),(Ra-228),( Ra-226),(Pb-210) – estimou-se uma dose efetiva de 14,5 µSv/ao ano (a sigla µSv representa a Unidade de Dose, uma medida específica usada em radioproteção, e que neste caso é bastante baixa já que a dose média anual devida ao consumo de alimentos é da ordem de 110 µSv, o que mostra que no Rio de Janeiro o valor é muito mais baixo). Os radionuclídeos Ra-228, Ra-226 e Pb-210 são responsáveis por 96% dessa dosagem anual.
A dose devida à ingestão de Potássio 40 (K-40) foi estimada em 103 µSv/a, faixa considerada normal já que na literatura mundial este valor se encontra entre 122 e 200 µSv/a. A ingestão de metais por habitante foi estimada em 2870 microgramas diárias de Zinco(Zn), 2.500 microgramas diárias de Manganês(Mn), 1064 microgramas diárias de Cobre(Cu), 96 microgramas diárias de Níquel(Ni), 15 microgramas diárias de Cromo (Cr), 1 microgramas diárias de Cádmio(Cd) e 5 microgramas diárias de Chumbo(Pb). Os metais Zinco, Manganês e Cobre são, portanto, os mais ingeridos pela população carioca.
Na conclusão, este trabalho apresenta, de um lado, medidas mais precisas e inéditas sobre os teores de ingestão de radionuclídeos e metais pesados naturais por parte de uma amostra representativa da população brasileira e, ao fazer isso, estabelece uma metodologia de mensuração que poderá ser usada sempre que necessário.

Área do Conhecimento

Ciências da Saúde

Palavras-chave – Entre 3 a 5 palavras

Portuguesa Átomos
Portuguesa Radioativo
Portuguesa Vegetais

ODS

ODS 3: Saúde e Bem-Estar
ODS 12: Consumo e Produção Responsáveis

Link da pesquisa original

Data da publicação do texto de divulgação

April 7, 2003

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Salada 217.jpg Alimentos que mais contribuem em sua categoria para a dose efetiva anual de ingestão de radionuclídeos naturais e metais pesados Contribuição dos metais pesados na ingestão de vegetais e produtos derivativos