Bioacústica estuda peixes-boi, botos e tucuxis através do som
Item
Título para divulgação do texto
Bioacústica estuda peixes-boi, botos e tucuxis através do som
Título original da pesquisa
Estudos Preliminares de Bioacústica na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Lago Amanã
Imagem de capa
Revisão de texto
Autores do texto original
Fonte(s) Financiadora(s)
Resumo
O uso de hidrofones que permitem localização de indivíduos das três espécies, possibilitando monitorar seu comportamento.
Tipo
Projeto de pesquisa
O que é a pesquisa?
Estudo preliminar da ocorrência de peixes-bois (Trichechus inunguis, Ordem Sirenia) e de outros mamíferos aquáticos da Ordem Cetacea, o boto (Inia geoffrensis) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis) entre as áreas das Reservas de Desenvolvimento Sustentável Amanã e Mamirauá.
A ferramenta de pesquisa é a Bioacústica, através do uso de hidrofones que permitem localização de indivíduos das três espécies, possibilitando monitorar seu comportamento.
A ferramenta de pesquisa é a Bioacústica, através do uso de hidrofones que permitem localização de indivíduos das três espécies, possibilitando monitorar seu comportamento.
Como é feita a pesquisa?
As estimativas iniciais realizadas na RDS Amanã indicam que a população de peixes-boi local pode ser a maior da Amazônia. Essa população, porém, não seria residente da reserva. Acredita-se que exista um deslocamento sazonal entre as RDSs Amanã e Mamirauá na época da cheia, e que na seca os peixes-boi se concentrem no lago Amanã. Estes deslocamentos teriam como razão variações na oferta de alimentos (plantas aquáticas, gramíneas).
A passagem de uma reserva para outra ocorre, segundo as informações disponíveis, numa área relativamente estreita denominada “Cano”. Teoricamente seria possível gravar os sons dos animais em trânsito e identificar acusticamente indivíduos isolados através de “assinaturas vocais” que caracterizam individualmente cada animal registrado.
A pesquisa funda-se, pois, na obtenção do maior número possível de gravações, isto é, de animais acusticamente identificados. Para tal, sons gravados em cativeiro no INPA (Manaus), são emitidos, através de um alto-falante à prova d’água, para que os peixes-boi presentes na área respondam vocalmente ao estímulo e possam ser, por sua vez, gravados.
A passagem de uma reserva para outra ocorre, segundo as informações disponíveis, numa área relativamente estreita denominada “Cano”. Teoricamente seria possível gravar os sons dos animais em trânsito e identificar acusticamente indivíduos isolados através de “assinaturas vocais” que caracterizam individualmente cada animal registrado.
A pesquisa funda-se, pois, na obtenção do maior número possível de gravações, isto é, de animais acusticamente identificados. Para tal, sons gravados em cativeiro no INPA (Manaus), são emitidos, através de um alto-falante à prova d’água, para que os peixes-boi presentes na área respondam vocalmente ao estímulo e possam ser, por sua vez, gravados.
Qual a importância da pesquisa?
A pesquisa visa gravar os sons (formando assim um inventário bioacústico) e identificar o repertório sonoro dos peixes-boi da Reserva, para estudar seu comportamento e sua área de ocorrência. Da identificação acústica individual, portanto, chega-se a estimativas de densidade da espécie (censo), a caracterizar hábitos coletivos de migração e a relacionar esses comportamentos com as ofertas de alimentos.
Além do foco no peixe-boi, o comportamento dos botos e tucuxis também está sendo estudado acusticamente, particularmente através de seus hábitos de vocalização e clicks (ecolocações), já que as funções dessas emissões sonoras ainda não são claras para a Ciência, podendo estar associadas à caça, a funções sociais no grupo ou a outras finalidades ainda desconhecidas. A pesquisadora do INPA, Dra. Vera da Silva, e seus colaboradores Dr. Anthony Martin e Dr. Jeff Podos acreditam que os botos emitem sons principalmente durante a alimentação, sugerindo uma função relacionada à captura de presas.
Além do foco no peixe-boi, o comportamento dos botos e tucuxis também está sendo estudado acusticamente, particularmente através de seus hábitos de vocalização e clicks (ecolocações), já que as funções dessas emissões sonoras ainda não são claras para a Ciência, podendo estar associadas à caça, a funções sociais no grupo ou a outras finalidades ainda desconhecidas. A pesquisadora do INPA, Dra. Vera da Silva, e seus colaboradores Dr. Anthony Martin e Dr. Jeff Podos acreditam que os botos emitem sons principalmente durante a alimentação, sugerindo uma função relacionada à captura de presas.
Área do Conhecimento
Ciências Biológicas
Palavras-chave – Entre 3 a 5 palavras
Peixes-boi, Mamíferos aquáticos, Bioacústica, Espécies
Portuguesa
Bioacústica
Portuguesa
Espécie
Portuguesa
Mamíferos aquáticos
Portuguesa
Peixe-boi
ODS
ODS 14: Vida na Água
ODS 15: Vida Terrestre
Referência da Pesquisa Original
SOUZA-LIMA, Renata Santoro de. Estudos Preliminares de Bioacústica na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Lago Amanã. 2002
Material Complementar
Associação amigos do peixe-boi
http://www.ampa.org.br/
http://www.ampa.org.br/
Data da publicação do texto de divulgação
December 11, 2002