José Reis

Entrevista

José Reis

Entrevista realizada no contexto do projeto "História da ciência no Brasil", desenvolvido entre 1975 e 1978 e coordenado por Simon Schwartzman. O projeto resultou em 77 entrevistas com cientistas brasileiros de várias gerações, sobre sua vida profissional, a natureza da atividade científica, o ambiente científico e cultural no país e a importância e as dificuldades do trabalho científico no Brasil e no mundo. Informações sobre as entrevistas foram publicadas no catálogo "História da ciência no Brasil: acervo de depoimentos / CPDOC." Apresentação de Simon Schwartzman (Rio de Janeiro, Finep, 1984). Foi publicada em Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v.1, n° 1, p.77-78, jul./ago. 1982. A escolha do entrevistado se justificou por ser um dos mais importantes divulgadores da ciência no Brasil.
Forma de Consulta:
Entrevista em texto disponível para download.

Tipo de entrevista: Temática
Entrevistador(es):
Maria Clara Mariani
Nadja Vólia Xavier
Simon Schwartzman
Data: 18/1/1977 a 19/1/1977
Local(ais):
São Paulo ; SP ; Brasil

Duração: 4h20min

Dados biográficos do(s) entrevistado(s)

Nome completo: José Reis
Nascimento: 12/7/1907; Rio de Janeiro; RJ; Brasil;

Formação: Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1930).
Atividade: Freqüentou o curso de aplicação do Instituto de Manguinhos; foi contratado como bacteriologista assistente Instituto Biológico (1930); especializou-se em virologia no instituto Rockefeller, em nova York, EUA (1935); chefiou a seção de bacteriologia e imunologia e dirigiu o Instituto Biológico de São Paulo até 1958; foi diretor-geral do departamento do serviço público de São Paulo (1941-1945); foi fundador, catedrático e diretor da Faculdade de Economia e Administração da USP (1945-1947); foi professor da cadeira de ciência da administração da universidade Mackenzie; foi presidente da Instituição Brasileira de Difusão Cultural S.A. (IBRASA) (1958-1977) e da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino de Ciências (FUNBEC).

Equipe

Levantamento de dados: Patrícia Campos de Sousa;
Técnico Gravação: Clodomir Oliveira Gomes;

Temas

Ademar de Barros;
Biologia;
Carreira acadêmica;
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq);
Departamento Administrativo do Serviço Público;
Ensino superior;
Faculdade de Medicina de São Paulo;
Fundação Getulio Vargas;
Fundação Rockefeller;
Governo estadual;
História da ciência;
Indústria;
Instituições acadêmicas;
Instituições científicas;
Instituto Oswaldo Cruz;
Intercâmbio cultural;
José Reis;
Medicina;
Política científica e tecnológica;
Política salarial;
Pós - graduação;
Rio de Janeiro (estado);
São Paulo;
Saúde pública;
Universidade de São Paulo;

Sumário

Fita 1: origem familiar; a vocação para as ciências naturais e para o magistério; os cursos das Faculdades de Medicina do RJ e de SP; o interesse pela microbiologia e o ingresso no curso de aplicação do Instituto Osvaldo Cruz; o recrutamento dos pesquisadores do Instituto; a decadência de Manguinhos e dos demais institutos de pesquisa na década de 30: a concorrência das universidades; o sistema de recrutamento de pesquisadores do Instituto Biológico de São Paulo; as finalidades dos Institutos Biológico e Osvaldo Cruz: a interação entre a pesquisa pura e a pesquisa aplicada; os critérios de avaliação da produtividade dos cientistas; as reuniões das terças e sextas no Biológico; o intercâmbio do Instituto com cientistas e instituições estrangeiras; o prestigio social do Instituto Biológico; a contribuição de Bernard A. Houssay à ciência latino-americana; a administração da universidade brasileira; as relações do Biológico com a USP e com os demais institutos de pesquisa de São Paulo; o Laboratório Paulista de Biologia; a decadência do Instituto Biológico durante o governo de Ademar de Barros; a crise dos institutos de pesquisa paulistas: o aviltamento dos salários dos pesquisadores e sua atração pela universidade; o planejamento científico no Brasil; a experiência na direção do Departamento de Serviço Público de São Paulo: a reforma do Instituto Butantã; a atuação do Departamento Administrativo de Serviço Público (DASP) e suas relações com a comunidade científica; a criação da Fundação Getúlio Vargas; o interesse pelas ciências administrativas e a experiência como administrador; a organização da Faculdade de Ciências Econômicas eAdministrativas da USP; a intervenção de Ademar de Barros no Instituto Butantã e a fundação da SBPC; a gestão de Afrânio do Amaral no Butantã; a expansão da SBPC: a participação da comunidade científica; o papel da SBPC e da Academia Brasileira de Ciências.

Fita 2: os recursos e as finalidades da SBPC; a participação dessa entidade na formulação da política científica nacional; a atuação do IBECC e da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino das Ciências (Funbec): a iniciação científica de estudantes primários e secundários; a vocação científica dos jovens universitários; o padrão de carreira dos primeiros cientistas brasileiros; os critérios de avaliação da produtividade dos pesquisadores; a ciência brasileira contemporânea: a desvinculação da indústria, a utilização de equipamentos sofisticados; as reuniões anuais da SBPC; o preconceito dos cientistas à ciência aplicada e à publicação de trabalhos em revistas nacionais; as principais publicações cientificas brasileiras; o modismo na ciência; a participação de José Reis na comissão de reorganização da Secretaria de Agricultura de São Paulo e do Instituto Oceanográfico da USP; a Lei de Desacumulação de Cargos de 1937; a instituição do regime de tempo integral nas universidades e institutos de pesquisa: a influência da Fundação Rockefeller, a Comissão de Tempo Integral; a tentativa de privatização dos institutos de pesquisa paulistas e a campanha de resistência da SBPC; o papel da indústria e dos institutos de pesquisa no desenvolvimento científico e tecnológico do país; a função social do cientista; o CNPq e a FAPESP.

Sumário da 2ª entrevista:
Fita 3: os trabalhos sobre os estreptococos e as doenças de aves; as relações do Instituto Biológico com os sitiantes e fazendeiros paulistas; a colaboração de Paulo Nóbrega, Anita Reis, Rafael Bueno e Milton Dilermano em suas pesquisas; ciência pura e ciência aplicada; a situação atual do Instituto Biológico; o Instituto Agronômico de Campinas e a Escola Superior de Agricultura Luís de Queirós; a grande avicultura no Brasil; o auxílio do Instituto Biológico aos avicultores: a produção de vacinas; a decadência desse instituto durante o governo de Ademar de Barros; o papel da universidade e dos institutos de pesquisa isolados; a formação médica dos primeiros biologistas; os cursos biomédicos; a resistência das escolas tradicionais à criação dos institutos centrais nas universidades; a Reforma Universitária de 68; o trabalho de divulgação científica desenvolvido na Folha de São Paulo; as publicações do Instituto Biológico; a formação dos jovens cientistas: as debilidades da pós-graduação; a formação do técnico de laboratório; a equipe técnica do Biológico; a "mística" do ensino universitário e a carência de técnicos especializados no Brasil; as reuniões anuais da SBPC.

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